Este tema foi proposto como tema opcional. Em primeira instância estiveram a leitura dos documentos disponibilizados bem como pesquisas várias, nomeadamente na internet. O passo seguinte seria a discussão no fórum respectivo acerca dos elementos constituintes de uma matriz simplificada para a análise de relações interpessoais em comunidades virtuais de aprendizagem.
Esta atividade decorreu entre 30 de maio e 11 de junho
Optámos por participar neste tema, com vista a colmatar alguma menor participação nas atividades iniciais da UC.
Recursos disponibilizados
Aires, L.; Azevedo; J.; Gaspar, I.; Teixeira, A, (2007). Comunidades Virtuais de Aprendizagem e Identidades no Ensino Superior. Porto: Universidade Aberta
Projecto @prende.com, acessível em: www.aprende.com.pt
http://www.edu.helsinki.fi/activity/pages/chatanddwr/activitysystem
Pesquisa Pessoal
http://www.aprende.com.pt/fotos/editor2/aires.pdfhttp://www.intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2011/resumos/R24-0322-2.pdf
http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/view/660/pdf
http://www.nuted.ufrgs.br/oficinas/interacao/epistemologia_piagetian.pdf
http://www.sitedaescola.com/downloads/portal_aluno/Maio/A%20emerg%EAncia%20das%20comunidades%20virtuais.pdf
http://www.aprende.com.pt/fotos/editor2/aires.pdfhttp://www.intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2011/resumos/R24-0322-2.pdf
http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/view/660/pdf
http://www.nuted.ufrgs.br/oficinas/interacao/epistemologia_piagetian.pdf
http://www.sitedaescola.com/downloads/portal_aluno/Maio/A%20emerg%EAncia%20das%20comunidades%20virtuais.pdf
Reflexão
O cyberespaço, contexto, social resultante de fluxos de informação, não partilha de uma lógica e estrutura compatível com a geografia física euclidiana: trata-se de um espaço reticular, sem centro, onde todos os actores são simultaneamente afastados e próximos.
Aires et al., 2007, p.2
A sociedade do conhecimento é determinantemente marcada pela utilização das TIC e da internet no quotidiano individual e social, o que implica uma mudança de paradigma a nível da apreensão, da informação, da estruturação do conhecimento, do relacionamento social e das relações interpessoais.
A realidade das TIC tem proporcionado a constituição de comunidades virtuais de aprendizagem em vários campos, nomeadamente a nível universitário, pelo que “ a reflexão sobre o significado e as lógicas de interacção pessoal pode constituir o ponto de partida para opções de natureza mais amplas, como a produção de cultura na Universidade, a partir das potencialidades das TIC e da Internet. (Aires et al. 2007, pp.1-2)
O EAD e as comunidades de aprendizagem nascidas, neste âmbito, pressupõem m domínio de questões técnicas, tanto a nível de quem implementa (organismos, entidade, responsáveis, professores, tutores, etc.) como a nível de quem usufrui como utente (alunos, formandos, participantes, etc.). No entanto, talvez possamos dizer que o grande desafio inerente às CVAs, se coloca muito mais a nível das relações interpessoais e da cultura emergente no cyberespaço do que, propriamente no âmbito das tecnologias em si. Assim, para um melhor entendimento do fenómeno, afigura-se premente levar a cabo, como referem Aires et al. (2007, p.2) “investigações aprofundadas nos campos das dinâmicas socioculturais da comunicação e da aprendizagem das relações interpessoais e dos processos identitários em espaços educativos”.
Se pensarmos numa matriz simplificada para a análise de relações interpessoais em comunidades virtuais de aprendizagem e nos elementos que a poderão constituir, devemos considerar em primeiro lugar a premissa do aspecto comunicacional - é deste ponto de vista que tudo acontece nas CVAs - e a premissa da possível componente afectiva que se estabelece entre os sujeitos interactivos, nas CVAs, uma vez que “as comunidades de aprendizagem e os discursos que nelas se gerem são contextos de especial relevância para a compreensão das dinâmicas de construção identitária grupal e individual” (Aires et al. 2007, p.4). No entanto, em termos de investigação, consideramos que a primeira terá um peso muito mais significativo, dado que a segunda, não obstante os aspectos identitários que nos pode ajudar a compreender, remete-nos também e mais para a componente paradoxal da virtualidade, sob a qual os sujeitos podem mascarar, por múltiplas razões as suas manifestações afectivas, resultantes e/ou advenientes das interacções e, por conseguinte, poderíamos ser conduzidos as conclusões menos fiáveis.
No que respeita aos procedimentos metodológicos a prever na matriz, afigura-se-nos pertinente utilizar processos de análise qualitativa que nos permitirão uma vasto leque de categorias e subcategorias de análise das interacções comunicacionais e dos tipos de discurso e linguagem utilizados pelos intervenientes, por exemplo. Ainda que a predominância possa ser da linguagem verbal escrita, podem verificar-se outro tipo de manifestações comunicacionais como a interacção icónica, só por si ou acompanhando a linguagem verbal (mais frequente talvez) Esta metodologia proporciona ainda a categorização dos próprios intervenientes o que nos parece adequado.
Se as relações interpessoais se afiguram complexas em contextos presenciais não o serão menos em contextos de CVAs, pelas diferentes dimensões que nelas se entrecruzam: individual e grupal, educativa e social, perpassadas pelas tónica discursiva e académica, “ as interacções e as relações interpessoais vão, nos ambientes virtuais responder com as linguagens culturais que compreendem e comunicam” (Francisco et al. 2005, p.268).
As CVAs constituem todo um universo que se oferece aos investigadores, ainda numa perspectiva, certamente mais de desafios do que de respostas. É todo um mundo donde emergem, inerentes ao ser humano, novas formas de estar, de interagir e reagir. Por isso, cada vez mais “ para estudar esses novos universos virtuais será preciso entendê-los em seu próprios termos ou corre-se o risco de cair-se no vácuo entre o real e o virtual, onde não se enxerga nem um nem outro.” ( Primo, 1997, p.15)
As CVAs constituem todo um universo que se oferece aos investigadores, ainda numa perspectiva, certamente mais de desafios do que de respostas. É todo um mundo donde emergem, inerentes ao ser humano, novas formas de estar, de interagir e reagir. Por isso, cada vez mais “ para estudar esses novos universos virtuais será preciso entendê-los em seu próprios termos ou corre-se o risco de cair-se no vácuo entre o real e o virtual, onde não se enxerga nem um nem outro.” ( Primo, 1997, p.15)
Bibliografia / webgrafia
Aires, L., Gaspar, I., Azevedo, J., Teixeira, A., Silva, S. e Laranjeiro, J. (2007). Comunidades de Aprendizage e Interacción: Aportaciones del Proyecto “@prende.com”. Disponibilizado no espaço da UC.
Aires, L., Gaspar, I., Azevedo, J., Teixeira, A. e Silva, S. (2007). Comunidade de Aprendizagem: Das Dinâmicas e Interacção à Construção de Identidades Online. Disponibilizado no espaço da UC.
Aires, L., Comunicação e Relações interpessoais online: Reflexões no âmbito do @aprende.com, consultado em: http://www.aprende.com.pt/fotos/editor2/aires.pdf em 6 de Junho de 2011
Francisco, D., et al., Interacção e presença social em ambientes virtuais de aprendizagem, consultado em:
http://www.niee.ufrgs.br/eventos/SIIE/2005/PDFs/Comunica%E7%F5es/c263-Francisco.pdf, em 11 de Junho de 2011
Primo,A. 1997, A emergência das comunidades virtuais, consultado em http://www.sitedaescola.com/downloads/portal_aluno/Maio/A%20emerg%EAncia%20das%20comunidades%20virtuais.pdf, em 10 de Junho de 2011
Schlemmer, E., (2001), Projectos de Aprendizagem Baseados em Problemas: uma metodologia interacionista/construtivista para formação de comunidades em ambientes virtuais de aprendizagem, consultado em:
http://academic.research.microsoft.com/Publication/12955139/projetos-de-aprendizagem-baseados-em-problemas-uma-metodologia-interacionista-construtivista-para em 11 de junho de 2011
Ventura, P., Relações interpessoais em comunidades virtuais de aprendizagem, consultado em http://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPratica/article/view/11344 em 31 de maio de 2011