Este tema teve como objetivos a exploração da abordagem dialógica das interações, privilegiando a dialética ente os agentes, intencionalidade e contextos e analisar a ação tutorial como plano de interação particular.
Foi proposta a leitura dos textos disponibilizados, bem como a discussão fundamentada dos materiais trabalhados.
O trabalho no âmbito deste tema decorreu entre 18 de abril e 7 de maio com interrupção entre 21 e 27 de abril (Páscoa)
Recursos disponibilizados
Seis documentos em pdf que contam no espaço da UC
http://www.edu.helsinki.fi/activity/pages/chatanddwr/activitysystem/
http://lchc.ucsd.edu/MCA/Paper/Engestrom/expanding/toc.htm
http://lchc.ucsd.edu/MCA/Paper/Engestrom/expanding/ch3.htm)
Bibliografia ccomplementar
Gallego, S.; Riart, J. (coords.) (2006). La tutoria y la orientación en el siglo XXI. Nuevas propuestas. Barcelona: Ocatedro.
Pesquisa pessoal
http://www3.uma.pt/carlosfino/publicacoes/11.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cp/v16n13/v16n13a06.pdf
http://intersaberes.grupouninter.com.br/arquivoo/3pdf
http://www.esenviseu.net/Principal/Legislacao/Download/14/33.pdf
http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/Revista%209%20DFernandes%20PTG.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v20n50/a03v2050.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n66/a04v2566.pdf
http://www.miniweb.com.br/educadores/Artigos/PDF/vygotsky.pdf
www.atividadeseducativas.com.br/atividades/946_2sem_trabalho2.doc
Perraudeau, M. (1996). Os métodos cognitivos em educação Aprender de outra forma na escola. Lisboa:Instituto Piaget.Snow, D. (2007). Compreender o risco educacional. Como responder às necessidades académicas dos alunos com desempenhos académicos fracos. Porto: Porto Editora.
Tavares, J. & Alarcão, I. (2005). Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. Coimbra: Edições Almedina, SA.
Valadares, J. & Moreira, M. (2010). A teoria da aprendizagem significativa Sua fundamentação e implementação. Coimbra: Edições Almedina, SA
Seis documentos em pdf que contam no espaço da UC
http://www.edu.helsinki.fi/activity/pages/chatanddwr/activitysystem/
http://lchc.ucsd.edu/MCA/Paper/Engestrom/expanding/toc.htm
http://lchc.ucsd.edu/MCA/Paper/Engestrom/expanding/ch3.htm)
Bibliografia ccomplementar
Gallego, S.; Riart, J. (coords.) (2006). La tutoria y la orientación en el siglo XXI. Nuevas propuestas. Barcelona: Ocatedro.
Pesquisa pessoal
http://www3.uma.pt/carlosfino/publicacoes/11.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cp/v16n13/v16n13a06.pdf
http://intersaberes.grupouninter.com.br/arquivoo/3pdf
http://www.esenviseu.net/Principal/Legislacao/Download/14/33.pdf
http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/Revista%209%20DFernandes%20PTG.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v20n50/a03v2050.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n66/a04v2566.pdf
http://www.miniweb.com.br/educadores/Artigos/PDF/vygotsky.pdf
www.atividadeseducativas.com.br/atividades/946_2sem_trabalho2.doc
Perraudeau, M. (1996). Os métodos cognitivos em educação Aprender de outra forma na escola. Lisboa:Instituto Piaget.Snow, D. (2007). Compreender o risco educacional. Como responder às necessidades académicas dos alunos com desempenhos académicos fracos. Porto: Porto Editora.
Tavares, J. & Alarcão, I. (2005). Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. Coimbra: Edições Almedina, SA.
Valadares, J. & Moreira, M. (2010). A teoria da aprendizagem significativa Sua fundamentação e implementação. Coimbra: Edições Almedina, SA
Notas reflexivas
Nota 1
Nota 1
A interação tutorial
Toda a atividade docente é concebida, em Vygostsy, considerando o professor como o agente que intervém e medeia a relação do aluno com o conhecimento. E nessa atuação pedagógica constante e sistemática, o professor não faz mais do que tentar criar ZDP's, pois age, atuando de formas concretas, explicitamente portanto, e "interferindo" no processo de desenvolvimento dos alunos, desenvolvimento esse que não ocorreria de forma espontânea se não existisse essa "intervenção" do professor.
Esta perspetiva é aplicável ao professor tutor que pode ser visto como aquele que "interfere", medeia, no desenvolvimento do aluno, podendo fazer com que este, consequentemente, modifique a sua postura em relação à escola e, consequentemente, se torne "bem sucedido" nas suas aprendizagens, na sua relação com o conhecimento e na sua relação com o ambiente em que se insere.
O professor constituirá um mediador pedagógico significativo, também no sentido em que é o elemento fundamental que favorece, como adjuvante, os processos de internalização, pois esta consiste “na transformação de uma atividade externa para uma atividade interna e de um processo interpessoal para um processo intrapessoal” (Cavalcanti, 2005,p.192), sobretudo quando os alunos têm maiores dificuldades em lidar com os fenómenos exteriores e nos processos de internalização.
Nota 2
O tutor
Um "BOM" tutor deverá ser um professor, que independentemente da sua formação, tempo de serviço, ou do que quer que seja em termos profissionais , tenha, em termos pessoais, uma grande disponibilidade interior para a aceitação do outro e que goste realmente de fazer esse trabalho de tutoria.
A tutoria implica exigências específicas a nível do relacionamento interpessoal:
- do tutor com o aluno;
- do tutor com o próprio processo da tutória;
- do tutor com a própria escola;
A tutoria implica esta tripla dimensão (pessoal, profissional e escolar)
O tutor constituirá a “ponte”:
- entre o aluno e a escola porque o acompanha individualmente;
- entre o aluno e o grupo, porque deverá estar atento às interações que se estabelecem a este nível;
- entre o aluno e os restantes agentes educativos, sendo ainda um elemento fundamental que, na perspetiva tutorial, na "ponte " entre a escola e a família.
Não sendo uma tarefa pontual, a tutoria exige do tutor, também a continuidade da sua própria disponibilidade interior para que o seu trabalho atinja plenamente os objetivos de mediação, isto é, o sucesso e a integração do aluno tutorado no universo escolar e o seu próprio desenvolvimento a vários níveis.
Nota 3
Piaget e Vygotky
Existem alguns estudos comparativos das teorias do desenvolvimento e da aprendizagem presentes em Piaget em Vygotky. Autores como Wertch e Cole desenvolveram estudos nesse âmbito a partir da obra dois tendo como pontos de partida as componentes individual e o social no desenvolvimento do ser humano e como tal, do processo de aquisição do conhecimento e do modo como se processam os mecanismos de aprendizagem. A dimensão individual do ser humano não se separa da sua dimensão social. Tanto Piaget como Vygotsky consideram a relação existente entre estas duas dimensões inerentes ao indivíduo. De certa forma, ambos desenvolvem estudos teóricos que vão num determinado sentido, pois ambos recusam o behaviorismo, processam as suas teorias a partir de estudos experimentais desenvolvidos com crianças “interessando-se pelos processos de construção da razão, do julgamento, da capacidade de argumentação lógica (e moral), isto é, processos psico e sócio-genéticos” (Santos, 2006, p.5).
A principal diferença entre o biólogo suíço e o filósofo russo assenta no facto de o primeiro conferir uma maior importância aos fundamentos biológicos do ser humano para, a partir destes, encontrar justificação para os processos de aquisição do conhecimento e da linguagem, enquanto o segundo considera a dimensão histórica e social dos indivíduos com maior importância.
Assim, em Piaget defende que o processo da aquisição do conhecimento constitui uma construção individual e que para este acontecer depende da ação do indivíduo sobre a realidade que o circunda.
Vigotsky apresenta o conhecimento como resultante de interações que se estabelecem a a partir do indivíduo que , tendo uma dimensão individual, interage com os outros , num plano social, logo com uma dimensão coletiva.
Considerando a primazia das interações, Vigostky atribui à mediação nas relações de aprendizagem (na sua dimensão interpessoal e intrapessoal) crucial importância , enquanto Piaget não considera a mediação no processo de contrução do conhecimento.
Santos (2006, p.4) considera ainda que “tanto em Vygotsky como em Piaget se fala numa transformação do real por exigência das necessidades da criança, mas enquanto para Piaget a imaginação da criança não é mais do que atividade deformante da realidade, para Vygotsky a criança cria (desenvolve o comportamento combinatório) a partir do que conhece, das oportunidades do meio e em função das suas necessidades e preferências”
Nota 4
Teoria do desenvolvimento - Vygotsk
Vygotsky, segundo Freitas (2000), concebe o homem como um ser histórico e produto de um conjunto de relações sociais. Ele se pergunta como os fatores sociais podem modelar a mente e construir o psiquismo ea resposta que apresenta nasce de uma perspectiva semiológica, na qual o signo, como um produto social,tem uma função geradora e organizadora dos processos psicológicos. O autor considera que a consciência é engendrada no social, a partir das relações que os homens estabelecem entre si, por meio de uma atividade sígnica, portanto, pela mediação da linguagem. Os signos são os instrumentos que, agindo internamente no homem, provocam-lhe transformações internas, que o fazem passar de ser biológico a ser sócio - histórico.
Não existem signos internos, na consciência, que não tenham sido engendrados na trama ideológica semiótica da sociedade Utilizando-se do método histórico - crítico, Vygotsky empreende um estudo original e profundo do desenvolvimento intelectual do homem, cujos resultados demonstram ser o desenvolvimento das funções psico intelectuais superiores um processo absolutamente único. Assim, do ponto de vista da aprendizagem, a importância dos estudos de Vygotsky é inquestionável, pois ele critica as teorias que separam aaprendizagem do desenvolvimento (GIUSTA, 1985).
In Neves e Damiani, Vygotsky e as teorias da aprendizagem, 2006, p.6
Na conceção interaccionista de Vygotsky, existe uma relação que se estabelece entre o sujeito e o objeto na qual se toma em consideração a dualidade transmissão de conhecimento vs produção do saber enquanto processos que consideram a objetividade do mundo - considerando-se que a inserção do aprendente num meio social é fundamental já que este é determinante para o desenvolvimento do ser humano - e a subjetividade (aspetos concretos inerentes ao indivíduo. Vygotsky considera o ser humano como ser essencialmente social e que não poderá ser compreendido nem estudado fora da realidade social e que se insere.
Nota 5
ZDP ( Zona de desenvolvimento proximal)
“(...) a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes” (1984, p. 97).
"A formação de conceitos é o resultado de uma atividade complexa em que todas as funções intelectuais básicas tomam parte. No entanto, o processo não pode ser reduzido à associação, à atenção, à formação de imagens, à inferência ou às tendências determinantes. Todas são indispensáveis, porém insuficientes sem o uso do signo, ou palavra, como o meio pelo qual conduzimos as nossas operações mentais, controlamos o seu curso e as canalizamos em direção à solução do problema que enfrentamos. (Vygotsky 1993, p. 50)"
Vygotsky citado por Calvalcant
A ZDP traduz-se na “distância que medeia entre o nível actual de desenvolvimento da criança, determinado pela sua capacidade atual de resolver problemas individualmente e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de problemas sob a orientação de adultos ou em colaboração com os pares mais capazes”
